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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Punks e skins: Oi! Oi! Oi!... Só isso?!

O movimento punk, em um contexto mais frequente, encontrou no anarquismo uma forma de atuação política que condiz com postura e propostas contraculturais do punk.

Não só o punk, mas parte da cultura skinhead (que teve origem na apreciação pela cultura e música jamaicanas), com o tempo também se aproximou e se envolveu com a cultura libertária. Em outros países, a união entre punks e skinheads (tal união é conhecida como Oi!) é comum. Juntas, essas culturas se posicionam contra o fascismo e pela autogestão.

Na cena de São Paulo, anos atrás, as coisas não eram bem assim. A cena Oi! Chegou deturpada e era comum encontrar pessoas que se diziam ligadas a esta cena agrupadas com fascistas. Houve tempos em que a cena Oi! em São Paulo era praticamente nacionalista, homofóbica e fascista.

Mas vivemos na era da informação, não? Parece que os militantes da cena libertária resolveram estudar um pouco mais sobre as origens dos movimentos contraculturais e descobriram que havia alguma coisa errada em tudo isso.

Recentemente muitos punks entenderam que existem skins antifascistas, muitos skins entenderam que o antifascismo não é se opor ao punk. Resumindo, ambos entenderam que existem pontos políticos em comum, apesar das distintas culturas, e que é possível agir em conjunto para atingir objetivos. Mas que tipo de militância está surgindo dessa união? Parece que é a militância do caneco e da porrada.

Muitos desses punks e skins, antes mesmo da crescente cena Oi!, já tinham um fetiche estranho em arrumar brigas com qualquer um que parecesse discordar de suas opiniões. E claro, com um grupo de marmanjos ou moleques munidos de armas brancas era muito mais fácil e gostoso brigar com os outros pelas ruas. Como já dizia uma música conhecida: “Cuidado se você estiver só e encontrar com um de nós”.

Se já era prazeroso brigar com sua banca de meia dúzia de pessoas, imagine só com a união entre duas bancas juntas! Isso direcionado contra os fascistas é, de fato, uma ótima ideia. No entanto, o que vemos é que essa sede por violência acaba tirando o foco da amplitude da luta antifascista. É mais cômodo sair caçando fascistas pelas ruas e esquecer outras formas de atuação. Infelizmente, chegam a menosprezar aqueles que agem por outras formas não violentas. Hipocrisia 1 x 0 Consciência.

É interessante alertar que a cena Oi! não pode atuar apenas dentro da cena contracultural. Existe uma sociedade enferma, uma sociedade que precisa de militantes comprometidos em atuar nas mais diversas esferas sociais. Estão esquecendo o povo para lembrar apenas do lado egoísta que precisa sair bem na foto, que precisa autoafirmar seu altruísmo, estão esquecendo o povo para lembrar apenas dos “carecas” e dos “fascistas”.

E por falar em fascistas, dentro de sua casa está tudo em ordem? Cacem as mães, cacem os pais, cacem aqueles amigos de bar, cacem aquele vizinho que chega bêbado em casa e bate na esposa... o fascismo está muito mais presente (em quantidade) na maior parte da sociedade do que nos próprios movimentos de direita. Ou seja, apesar desses movimentos direitistas exporem com devoção suas idéias fascistas, a sociedade alheia a esses movimentos possui dentro de si um fascismo herdado de séculos, o que numericamente significa uma ameaça maior do que os declaradamente fascistas isoladamente. Eis o real foco da luta antifascista: a população!

Não adianta apenas se unir com movimentos diversos e resumir a luta antifascista em brigas e caçadas. O antifascismo é propagação, é ação direta, é vivência diária, é respeito, é solidariedade...

Não queremos dizer aqui que essa união não deva acontecer. Pelo contrário, toda união que venha de encontro à emancipação social deve ser posta em prática. Mas é necessário que surjam boas ações e propostas de dentro dessa união.

É necessário que olhemos para dentro de nós, encontrando o fascismo que muitas vezes carregamos sem perceber, para que possamos eliminá-lo e evoluir como indivíduos.

Em nossa visão, o antifascismo propagado através da arte, cultura, zines, panfletos, intervenções urbanas, coisas que podem atingir de forma mais eficaz a população, sem carregar conosco uma imagem violenta que a sociedade e a mídia insistem em nos atribuir de forma errônea, são muito mais proveitosas.


Texto enviado para: A Revista Livre Zona

13 comentários:

  1. salve compxs parabéns pelo texto extremamente agregador para a luta antifascista! estamos na expectativa do próximo texto!!!

    grande abraço e saudações (A)

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  2. "...o fascismo está muito mais presente (em quantidade) na maior parte da sociedade do que nos próprios movimentos de direita."
    Pura verdade!

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  3. Por favor, união pra que? para sermos mais em número? e o que sacrificamos com isso? Poxa, a maioria que eu vejo se afirmando como sharps ou rashs são indivíduos que já tinham um passado como careca do brasil e alguns até mesmo ex wp, e os que não tem esse passado toleram os que têm. Em porto alegre teve uma onda de nazi-vira sharp-volta a ser nazi. Olhem a banda Dr. Ma_rti_ns (separei para nao aparecer em pesquisa), tudo uma galera que era careca do brasil, virou sharp, dividiu a cena por isso, e agora tão se assumindo White Power! dá pra acreditar numa coisa desas? e isso é super recorrente em várias cenas! acho que a experiência prova que esse indivíduos não são flor que se cheire!

    Vejo muitos textos falando sobre a suposta origem super massa que teria o skinhead, que de um movimento de jovens negros jamaicanos passou a virar um movimento majoritariamente de neo nazistas brancos e os que não são neonazistas são adeptos da despolitização macho-europeia absoluta. Não sei se é verdade essa origem histórica, e isso pouco importa no nosso contexto atual. O ponto que tem que ser analisado é que, nos final dos anos 60, no auge da contra cultura, do ressurgimento dos movimentos feministas, do movimento gay, onde estavam sendo críticado diversos valores da sociedade europeia ocidental, surge como reação um movimento que reafirmavam os valores da masculinidade, do nacionalismo, da xenofobia. Eles são os conservadores se manifestando, independente se ouviam "musica de negão" ou não (claro, a musica de branco é uma merda). Tanto que, quando o movimento se politiza, ele vai pra extrema direita. Isso nao aconteceu a toa. o papo de sharp e de rash, galera, só começa a surgir nos meados dos anos 90, vinte anos depois do surgimento da RAC e dos wp's. Quem é mais legitimo para falar sobre o skinhead? e por que esse movimento reacionário e conservados em essência deve nos ocupar tanto, causando inclusive divisões no nosso movimento? o movimento punk é um questionamento dos valores da nossa sociedade, o movimento skinhead é a reafimação. união sobre que bases, e por qual motivos?

    Aqui quem escreve é VYX do espaço libertário moi_nho neg_ro, e essa é nossa posição sobre esse assunto. Galera, o mundo é muito maior do que esses caras, não vamos perder tempo.

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  4. Olá, VYX! Sou o Mao, faço parte do T@P@ @tivismo.
    Primeiramente agradeço seu comentário e suas ideias que ajudam a fortalecer a luta.

    Aqui neste comentário não defenderei nenhum dos lados, pois a intenção é instigar as pessoas que participam das cenas a refletir. Esse meu comentário não representa a ideia do coletivo. Estou expressando aqui as minhas ideias pessoais.

    Gostaria de frisar que embora haja essa desconfiança e em muitos casos a rivalidade entre punks e skinheads que se dizem de esquerda, a cena Oi! cresceu de forma exponencial. Com isso não estou defendendo a união. Estou apenas relatando o que acontece em Sao Paulo (e acredito que em outros lugares também).

    É importante que se passe alguma ideia a respeito disso, já que é uma realidade que está acontecendo agora.

    Se tanto os punks como esses skinheads pretendem falar sobre antifascismo, então que se discuta o antifascismo. Se essa união está acontecendo e se espalhando, então que as pessoas envolvidas com essa união tenham o que discutir.

    Acredito que esse texto que fizemos pode contribuir com isso.

    A luta antifascista se faz todo dia. E devemos colocá-la em prática em todos os campos da vida.

    Se há atualmente uma cena Oi! que se diz antifascista, então que a ideia antifascista e novas propostas cheguem a esse público.

    No mais, em luta descobrimos em quem confiar.
    E a luta é contínua!

    Saudações Libertárias!

    Ëra Punk! Saúde e Anarquia!

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  5. Sou o Vento, sou skinhead e anarko pacifista e nunca fui careca ou nazi como o senhor VYX disse. Tanbem sinto informarr ele que a primeira postura politica a se infiltrar no Skinhead foi o marxismo e não o nazismo.
    Eu sou a favor da união de punks antafascistas e libertários com skins antifascistas e libertários sim (não basta só ser antifascista) mas a minha pergunta é porque oi!?
    Se o próprio Crass na musica que fala que punks e skins são todos iguais é justamente na musica que eles criticam veementemente o oi!
    o oi! surge dentro do punk e posteriormente contamina a cultura skin tanbem, mas o oi! surge com todo um discursos trabalhista patriota estatista que não tinha nada a ver com a cultura skin em sua raiz e nem com a cultura punk, a cultura skinhead surge de uma imigração enquanto que o punk surge do desejo de chocar a sociedade, posteriormente surge a cena anarkopeace justamente pra dizer que todo esse choque por choque está errado se for atrelado a um discurso violento ou pró sistemá, se hoje existe todo esse ganguismo dentro da cultura punk ou skin é justamente culpa do oi! com aquele discurso de soldado da rua e blablabla
    Se hoje tem careca e nazi que se diz skin e que toca punk rock é justamente por culpa da abertura que o oi! deu pra infiltração em ambas culturas
    Então união punks e skins? sim
    Mas oi!? porque? Porque oi!? Skinhead vêm do reggae, o punk ativo de verdade vêm da cena anarko peace e mesmo o punk comercial em sua origem tanbem não tem ligação com o oi!.O pessoal pode até defender a tal nova variante do oi! que se intitula oi! libertário porem apesar de se dizer anarquista essa vertence reproduz o mesmo discurso ganguista e violento das outras bandas oi!
    União de punkss libertários e skins libertários? Sim
    mas com oi!? porque?
    não faz sentido repetir os mesmos erros, limpar o nome de ambas culturas e não consentir com o discurso que o sistema quer nos vender, não tenho orgulho de ser explorado, não tenho orgulho de morar em lugar algum, não quero ser o soldado da minha rua, não acredito que possa fazer justiça através da pura e simples violencia
    é o que eu digo e mais uma vez
    Punks e skins unidos contra o fascismo e o protofascismo

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  6. Mano, aqui é o Pedrinho integrante do coletivo T@P@ @tivismo. Bom, pra começar tem gente que fala que esse texto é pró união entre punks e skins, poh, a gente defende que "... toda união que venha de encontro à emancipação social deve ser posta em prática." entenderam??? TODA união é bem vinda, ou seja independente se for punks e skins ou axezeiros e pagodeiros, o que importa é que essa união seja em prol da ideia anti-fascista e libertária!! Entenderam agora?? Outra fita não entendi bem a aula sobre o "OI!"? Quem está defendendo o "OI!"?? neste texto é contextualizado o que está acontecendo na cena e que foi observado por nós do coletivo, apenas isso, aqui ninguém está elevando a cena "OI!", na verdade eu quero que punks, skins, merdas e porras.. se fodam tô poco me lixando pra o que ele se ROTULA, se esses possuírem o ideal anti-fascista e libertário e suas posturas forem condizentes a sua ideia. Em nenhum momento defendemos a cena "OI!" ou que apenas punks e skins se unam. E repito: "Toda união em prol das ideais libertárias e anti-fascistas é bem vinda". O que é criticado no texto é que essa união que está acontecendo hoje, pelo menos o que foi observado por nós, está focada na briga e esquece o mais importante da luta anti-fascista que é a conscientização da população que tem inserido em si o fascismo, e nessa proposta de combater o fascismo pela consciência é que, como consequência, ocorre as brigas. "Em nossa visão, o antifascismo propagado através da arte, cultura, zines, panfletos, intervenções urbanas, coisas que podem atingir de forma mais eficaz a população [...]são muito mais proveitosas."
    esse é meu ponto de vista sobre alguns comentários, nem cito nomes, pois tem 7 comentários quem quiser procura....

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  7. Ao contrário do que punks e até mesmo skinheads pensam e divulgam, a origem do skinhead não é essencialmente reacionária, e sua politização não se deu com a virada da banda Skrewdriver para o British National Front.

    Politização - Muitos mods e skins já eram influenciados por jamaicanos politizados como Max Romeo e Derrick Morgan, no final dos anos 60. Lembrando também que várias crews de Rude boys eram de esquerda, e ainda são até hoje em Kingston. Em 77 Angelic Upstarts, uma banda que sempre foi de esquerda foi formada... Antes mesmo do Skrewdriver. Skrewdriver é bem mais hard rock do que Oi! Music.
    Por fim, uma das poucas ideologias políticas compatíveis com a cultura skin, é a esquerda revolucionária, principalmente anarquista.
    Uma das poucas culturas que afirmam o orgulho de classe é a skin, é antecessora à Hip Hop quanto às identidades periféricas.

    Homofobia
    Em 69 recém estava se construindo a identidade gay com a rebelião de Stonewall. A cultura skin não era homofóbica, era sim avessa ao crescente flower power na cultura mod e ao "esquerdismo burguês e burocrático" do movimento estudantil, que permanece até hoje.

    Oi!
    É a união e fusão da cultura punk e skin. - M., Garotos Podres.

    Valores Skinhead e Valores Punk
    Os skins e punks edificaram juntos os valores no final dos anos 70. Crass tocou junto com Sham 69 por exemplo. Os valores sXe e queer foram solidificados por essa mistura de punk e skin principalmente nos EUA. Ser queer não é contradição a cultura skin, uma vez que os skins nunca foram homofóbicos. Perseguição à gays foi feita mesmo nos anos 80 por fascistas que se apropriaram da cultura skin.

    Xenofobia e racismo - A perseguição a paquistaneses não era geral, pertencia a alguns grupos, inclusive grupos de jamaicanos e ingleses (portanto não era xenofóbica ou racista, e sim uma casual briga de adolescentes).

    Machismo e Feminismo - Uma das poucas culturas em que a mulher tem vez é a skin. Existe toda uma cultura feminina dentro, desde o corte de cabelo até o orgulho feminino em sua autodefesa contra abusos.

    Fonte: ESPÍRITO DE 69: A BÍBLIA DO SKINHEAD
    GEORGE MARSHALL; algumas entrevistas de skins originais.

    Alguém de POA que já conversou com VYX sobre esse assunto.

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  8. Nunca entendi o porque de indivíduos que se dizem "libertários" irem para uma cultura de violência que é o skinhead

    Não importa se você é SHARP, RASH (anarquista e comunista junto, chega a ser piada ) , Carecas, WP, Oi! , skinhead trad.
    Todos fazem parte de uma cultura de ódio e violência.

    Se dizer libertário e participar de uma cultura onde se baseia-se em:

    - Violência
    - Hooliganismo
    - Ganguismo
    - Bairrismo

    E olhe que não falei sobre Xenofobia e Homofobia. Ja que alguns se dizem antifascistas
    Mas são apenas pessoas que gostam de bater e sempre vão mudar pra outras gangues.


    Porque uma pessoa escolheria fazer parte disso tudo?

    A luta do skinhead hoje em dia é querer limpar toda sua história.
    E mesmo assim, sempre vai ter os indivíduos que vão propagar essa velha historinha de macho alfa skinhead.


    Prefiro, nunca me envolver com esses grupos (SHARP, RASH, Oi!, skin trad, etc ).


    Anti-Oi! sempre.

    Anarquia e Amor para todxs

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  9. Não importa, o quanto se conte a história do skinhead

    É uma cultura que é ligada a isso tudo.

    Sempre vai ter alguém querendo contar essa história trocentas mil vezes.

    Pra que fazer parte de uma cultura, onde tem que ficar sempre explicando as pessoas que num é isso ou aquilo que "pequenos" ( mais sempre expressivo e muitas vezes grande maioria ) de skinheads não são o que é contado por décadas.

    Me poupe.

    Vão tentar convencer as pessoas de algo melhor.

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  10. a cena ganhou um diploma de horas/aulas sobre cultura skin, mas por que insistem em ocultar informação? A violência está presente desde o início. Imigrantes paquistaneses e asiáticos foram violentados nos subúrbios londrinos!
    por que sustentar a ideia anti-fascista sob a bandeira rash, sharp, oi! ou trad (ou qualquer outra sigla que eu tenha esquecido), que na sua essência -o skin- nunca proclamou um lado político!?

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  11. Superem esses rotulos,por favor.A luta é tão ampla,que não cabe numa cultura urbana ou panfleto.O fascismo está impregnado por todos os lados,em todos os meios(inclusive no meu).Ninguém está imune,seja punks ou skins,ou o caralho a quatro.A ideologia anarquista esplana e propoem meios e propostas pra combater o fascismo,mas as vezes da agonia e raiva quando alguns grupos querem se sobrepor e monopolizar a luta antifacho.Revisionismo skin ou não,como alguns dizem,e daí,teremos o mesmo fim mesmo.E no mais,eu quero é que essa sociedade se exploda,até por que mesmo,com as mais belas intenções acratas,carregaremos o legado de querer mudar algo de acordo com nossas vaidades ideologicas.Penso que são as ideias que estão controlando agente,e não o contrario.Ainda sou anarquista,mas já não consigo me enquadrar em movimento nenhum libertário.Como diria o Crass:movimentos são sistemas,sistemas matam!Não sou movido a união de massas(povos,culturas,grupos...).Pelo contrario,já que fuderem está terra outrora sagrada(sem divino coisa nenhuma,rsrsrs),atraves da edificação da cultura da morte,só me resta o seu total desmoronamento.Exaltar qualquer ideologia que seja nesta sociedade ocidental falida,seria uma reflexão a se pensar...destruir ou criar?Façam suas intimas e obscuras escolhas.

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  12. Eu sempre tenho a impressão que só leem o título... Mas o que dizemos é U-N-I-Ã-O em prol da ideia libertária independente da cultura seja punk, skin, pagode, funk,samba, erudito, etc. há tanta gente que poderia acrescentar se o anarquismo saísse da prisão do punk. =* greck kiss Ass: integrante do coletivo

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